1.1 Avaliação da Aprendizagem

Você já preparou uma comida? Convidou amigos para jantar na sua casa? Saiba que, no momento que a comida é servida, começam as avaliações: se aparência está boa, se o cheiro está agradável, se o cozinheiro(a) apresenta uma aparência limpa, se os pratos são novos, se a bebida está na temperatura ideal, se a quantidade de comida é satisfatória e o melhor... se o sabor está agradável! São infinitas as variáveis que podem ser observadas e avaliadas no momento que você serve uma refeição para seus convidados. O ideal é nem pensar muito nisso, pois podemos incorrer no erro de ficarmos nervosos e falharmos no cumprimento do objetivo principal: finalizar a comida.


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Pois é, estamos sendo avaliados a todo momento nas diversas situações que surjam no cotidiano. O mesmo ocorre na área da educação, que faz uso de diversas formas de avalição para mensurar o quanto o aluno aprendeu. Na escola, os educadores usam a avaliação como um meio de coleta de informações a respeito dos avanços e das dificuldades que aluno possui, podendo ser considerada um mecanismo permanente de suporte à garantia do processo ensino-aprendizagem. Serve, também, como um guia norteador para o professor planejar as futuras ações, com o fito de auxiliar o aluno a avançar, com êxito, em sua trajetória escolar.

Podemos elencar alguns instrumentos avaliativos mais utilizados como testes escritos ou orais, seminários, atividades práticas e teóricas, tarefas diversas, pesquisas e dinâmicas de grupos. Pode-se afirmar, com toda certeza, que, independentemente do método educativo aplicado nos diversos graus de ensino, as notas e os conceitos são decisivos para a continuidade dos estudos.

 Tudo tranquilo até aqui? Vamos seguir, pois o assunto é extenso!

O termo AVALIAÇÃO pode ser definido como:

uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos e dificuldades e reorientar o trabalho para as correções necessárias. A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos. Os dados coletados no decurso do processo de ensino, quantitativos ou qualitativos, são interpretados em relação a um padrão de desempenho e expressos em juízos de valor (muito bom, bom, satisfatório etc.) acerca do aproveitamento escolar. A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e à atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-didáticas, de diagnóstico e controle em relação às quais se recorrem a instrumentos de verificação do rendimento escolar. (LIBÂNEO,1994, p. 195).

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Embora a avaliação se apresente várias facetas, não é tão simples estudar uma temática tão complexa, que carece de críticas, discussão e amplo debate por parte dos pesquisadores da área, exigindo esforço, foco, responsabilidade, empenho, inclinação, competência, habilidade, prestabilidade, direcionamento e mensuração constante do objeto/indivíduo avaliado, contudo é uma maneira de repensar e replanejar a prática pedagógica do docente e o processo de aprendizagem dos discentes, permitindo a tomada de decisões frente ao que analisado. Percebemos avaliar é uma reflexão para o aprimoramento das habilidades de toda a comunidade escolar.

A avaliação busca observar se um determinado o produto atende às expectativas esperadas, se o processo foi satisfatório entre outros aspectos. Trata-se de uma atividade minuciosa que demanda conhecimento ao avaliar um objeto/indivíduo partindo de vieses quantitativos ou qualitativos.

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AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

No ambiente escolar, com as avaliações partindo de enfoques quantitativos e qualitativos, há a possiblidade de saber, com certeza, se a aprendizagem está realmente sendo efetivada. Sendo assim, os professores e a equipe pedagógica conseguem oferecer um ensino adequado às necessidades de cada aluno, garantindo sucesso no processo de ensino-aprendizagem como um todo, boa receptividade por parte dos alunos na execução das atividades e resultados produtivos no futuro.

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

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A avaliação quantitativa está relacionada a tudo aquilo que pode ser quantificado mediante a números, simbologias, parâmetros e informações. A partir desse viés, a escola é capaz de coletar dados relacionados ao público a ser observado e avaliado, proporcionando resultados com características mais assertivas e uniformes.

A seguir, listamos algumas características da avaliação quantitativa, lembrando sempre que o rol de informações não é finito, podendo sempre e complementado a partir de novas visões e de estudos na área. Vamos lá?

  • Busca avaliar de modo mais rigoroso e padronizado os processos utilizados.
  • Produz observações e demonstrações sobre o objeto/indivíduo em questão.
  • Através de resultados específicos, atesta a qualidade do ensino.
  • Os dados coletados possibilitam uma análise mais padronizada.
  • Objetiva medir, calcular, mesurar.
  • Possibilita que os dados sejam diretamente analisados.

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A crítica que pode ser feita para esse modelo de avalição pauta-se na valorização demasiada das avaliações quantitativas no contexto educacional, já que, comparando o modelo de educação do passado com o modelo atual, nunca foi tão importante reforçar que a posição do professor é sempre do lado do aluno, fisicamente falando, isto é, compartilhar o espaço escolar, sendo o pensamento atual de muitos que atuam, ou dizem que atuam na educação.

AVALIAÇÃO QUALITATIVA

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Contrapondo-se ao modelo de avalição anterior, a avaliação qualitativa, por sua vez, está relacionada àquilo que não pode ser medido ou quantificado. O objetivo é coletar os resultados com base nas circunstâncias, atitudes e demandas dos sujeitos envolvidos, assim como o pensamento e as perspectivas de cada um. Nesse modelo avaliativo, os resultados obtidos não são números, já que possui um viés mais investigativo.

Assim como no modelo anterior, apresentaremos algumas características da avaliação qualitativa, se possível, faça um comparativo e aprofunde mais os seus conhecimentos!

  • Parte da situatividade dos indivíduos;
  • Pauta-se em resultados individuais;
  • Objetiva analisar as ocorrências a partir da análise do indivíduo x ambiente;
  • Produz resultados descritivos;
  • Analisa os resultados com base nas expectativas do grupo em que o indivíduo está inserido;
  • Possui viés subjetivo;
  • Provoca interação entre os envolvidos no processo avaliativo.

A avalição qualitativa nos faz questionar a validade de resultados puramente qualitativos. Refletir sobre o assunto serve para nortear o trabalho pedagógico a ser realizado e para esse fim é necessária QUALIDADE no desenvolver prático do ato de ensinar, nas capacitações e especializações realizadas pelo professor, na escolha do material utilizado e na efetiva valorização do professor. São necessárias mudanças profundas para percebemos reais alterações nos atuais paradigmas educacionais.

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Tranquilo até aqui?

Passaremos a tratar dos tipos de avalição presentes no contexto escolar.

Preparados(as)? Vamos nessa!

 

TIPOS DE AVALIAÇÃO ESCOLAR

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Passaremos a para uma análise mais detalhada da avaliação no meio educacional. Deve-se sempre lembrar que a avaliação está integrada ao processo de ensino-aprendizagem e se fortaleceu nas últimas décadas, ocupando espaço privilegiado nos processos de ensino. Dessa forma, destaca-se a necessidade de um apoio técnico e muita dedicação dos profissionais envolvidos. Ainda sobre avaliação, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud (1999) afirma que:

a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos. Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico. (PERRENOUD, 1999, p. 9).

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Vamos dar continuidade aprofundando os nossos conhecimentos com base nos estudos de SANTOS (2005, p. 23) ao afirmar que “a avaliação é algo mais complexo do que atribuir notas sobre um teste ou prova que se faz, ela deve estar inserida ao processo de aprendizagem, para saber os tipos de avaliações que devem ser praticadas”. Portanto, faz-se necessário elencarmos todos os tipos de avaliação:

  • Formativa
  • Cumulativa
  • Diagnóstica
  • Somativa
  • Autoavaliação

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Fique ligado(a)! Vamos agora conhecer cada uma delas!

 

AVALIAÇÃO FORMATIVA

Podemos dizer que a avalição formativa objetiva verificar se os conteúdos ministrados pelo docente foram realmente aprendidos pelo aluno, garantindo, assim, o sucesso no processo de ensino aprendizagem. Compreendeu? Ainda não? Então vamos explicar melhor...

A busca por uma avaliação de cunho formativo tem o objetivo de melhorar a aprendizagem do aluno, poutando-se nos aspectos cognitivos, construtivistas, sociais e ainda sociocognitivistas. Busca ajustar a forma que os conteúdos são ministrados e garantir a real aprendizagem.

Esse modelo leva em conta o que o aluno aprendeu durante o processo de ensino-aprendizagem e não somente o final. Por esse motivo, os ajustes são importantes e são eles que balizarão os próximos passos do professor. Cognitivamente falando, a avaliação formativa preocupa-se mais com o como, ou seja, busca entender como o conhecimento é construído. As representações mentais do aluno e a verificação das estratégias utilizadas são essenciais nesse tipo de avalição. Os resultados negativos, como as atividades consideras erradas, são elementos de análise para se verificar o porquê daquele erro.

E aí? Ficou mais tranquilo? Vamos aprofundar mais...

Esse tipo de avaliação possui duas características importantíssimas: seu caráter investigativo e regulador da aprendizagem. Além dessas duas, há outros aspectos importantes que irá fazer você compreender melhor a avaliação formativa.

  • Proporciona a ativação de processos mentais mais elaborados.
  • As atividades estão mais próximas ao aluno, apresenta-se de forma organizada com vistas a produzirem uma resposta (feedback) e possui qualidade nas informações, já que busca melhorar a educação ofertada aos alunos.
  • A resposta (feedback) é fundamental para organizar o trabalho, de modo que ative os processos relacionados à cognição e à metacognição, já que são eles que gerenciam o processo de aprendizagem, resultado na melhora da motivação e da autoestima.
  • O professor, metaforicamente falando, é uma verdadeira ponte, pois irá levar ao aluno tudo o que considera importante aprender e atua diretamente na construção do pensamento.
  • Os alunos possuem um papel verdadeiramente ativo no processo. Deliberam, atuantes e envolvidos na construção da aprendizagem. São diretamente responsáveis pelo processo e são livres para formularem suas respostas, partilhando com os demais o que aprenderam.
  • As atividades desenvolvidas possuem uma dupla função: avaliação e aprendizagem. O professor tem a preocupação de, criteriosamente, selecionar e diversificar. A avaliação formativa possui um papel importante nos ajustes do processo de ensino-aprendizagem;
  • O sucesso é o objetivo a ser alcançado. Por isso, as salas de aula devem transparecer uma ideia positiva, pois parte da cultura de que todos os alunos são plenamente capazes de aprender.

A avaliação formativa possui a função de ajustar o processo de ensino-aprendizagem, com o objetivo de adequar o ensino aos alunos. Sua finalidade é destacar os pontos fracos da aprendizagem, sobrepondo-se ao interesse de puramente gerar resultados. Seu foco é processo.

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AVALIAÇÃO CUMULATIVA

A avaliação cumulativa, como o próprio nome sugere, objetiva analisar tudo aquilo que está sendo aprendido pelo aluno no decorrer das aulas, cabendo ao professor acompanhá-lo no dia a dia e utilizar os resultados observados quando julgar necessário.

Possui uma ideia de continuidade não pensando a avalição em blocos independentes, todo o trabalho realizado ao longo do processo é considerado.  A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) 9394/96 traz em seu texto os princípios da avaliação como parte integrante e fundamental do processo ensino-aprendizagem O art.24 confirma esse novo viés avaliativo que se integra ao processo.

A verificação do rendimento escolar observará critérios, dentre eles podemos destacar: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. (LDB 9394/96, Art.24, V).

Como podemos perceber, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, regulamenta que o processo avaliativo seja contínuo e cumulativo. O texto da lei também assevera que, como já vimos anteriormente, os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Sendo assim, fica claro que todos os resultados conquistados pelos estudantes ao durante o ano letivo precisam possuir maior peso na hora de calcular a nota final.

Assim como a avaliação formativa, esse tipo de avaliação também se preocupa com o processo, o decorrer das aulas é muito importante. Cabe ao docente realizar pequenas análises em relação ao aprendizado. Assim, garante-se uma avaliação mais atenta ao rendimento dos alunos, pois conta com um acompanhamento contínuo, ou seja, no dia a dia.

E aí? Tudo bem? Ficou claro? Vamos prosseguindo...

         Na prática, como o professor pode trabalhar de forma cumulativa?

         Listaremos a seguir alguns modelos bem práticos que mais servem de exemplo do que sugestão, tendo em vista a diversidade de possibilidades que a relação professor-aluno pode presentar. Vamos lá?

  • O professor pode distribuir pontos para todas as atividades realizadas, tais como: participação nas atividades desenvolvidas em sala de aula, atividades realizadas em casa, produções escritas, atividadesem grupo.
  • Delimite prazos, mas admita flexibilizações. Inclua o aluno no processo de avaliação. Pergunte a eles se a data fixada é possível, se há trabalhos de outros professores, enfim, permita que eles possam gerenciar sua rotina de estudos.
  • Trabalhe de forma diversificada, alterne as formas de avaliar. Utilize atividades em grupo e individuais, com e sem consultas. Isso permite que os alunos percebam que a avaliação é contínua e que caminha junto aos conteúdos.

Então, qual a diferença entre a avaliação formativa e a cumulativa?

          A avaliação formativa se coloca a serviço da formação de como devem ser ensinados os conteúdos, já a cumulativa analisa o processo, mas objetiva um resultado final.

          Qual a melhor?

          Não há ganhadores ou perdedores aqui. Ambas devem caminhar juntas, não há uma contradição e sim uma complementação. O professor deve conhecê-las muito bem para saber qual terá mais peso no momento da avalição final, sempre observando que cada grupo de alunos atendem a demandas sociais diferentes.

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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Ao contrário das anteriores, a avaliação diagnóstica possui um cunho pedagógico e difere-se sensivelmente da prova clássica, que busca apenas contabiliza erros e acertos. O objetivo desse tipo de avalição é chegar à origem do erro, ou ainda, compreender o porquê do acerto, com vistas a interpretar tudo o que o aluno produz.

Orienta-se que a avaliação diagnóstica seja realizada em um determinado momento, podendo ser antes de alguma atividade, já que o professor precisa se localizar, em uma dada etapa, em que momento do processo de construção do conhecimento está seu aluno, identificando, assim, quais serão as intervenções pedagógicas necessárias para garantida do processo ensino-aprendizagem. O diagnóstico, em que se objetiva avaliar a natureza do erro e/ou do acerto, possibilita ao professor adequar as estratégias de ensino às demandas de cada educando.

Sua função é auxiliar na definição do ponto de partida dos processos de ensino, buscando compreender a forma de apreensão das aprendizagens relativas aos processos e aos percursos pedagógicos anteriores.

Por meio da avaliação diagnóstica, espera-se:

 investigar seriamente o que os alunos “ainda” não compreenderam, o que “ainda” não produziram, o que “ainda” necessitam de maior atenção e orientação [...] enfim, localizar cada estudante em seu momento e trajetos percorridos, alterando-se radicalmente o enfoque avaliativo e as “práticas de recuperação”. (HOFFMANN, 2008, p. 68)

A figura a seguir traz, de forma mais sintetizada, as funções da avaliação diagnóstica.

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Fonte: Ballester (2003).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional traz o conceito de progressão continuada, que surgiu a partir do entendimento de que reprovação não ajuda o aluno a progredir, muito presente nas escolas públicas. Sendo assim, a implementação de avaliações diagnósticas foi muito bem-vinda, pois busca identificar as falhas do ensino e garantir a aprendizagem dos alunos.

Cabe ressaltar, ainda, que um mesmo instrumento de avaliação pode atender diversas finalidades, diferenciando-se em relação aos seus objetivos, ou seja, a intencionalidade da coleta das informações e o modo como esses dados foram coletados/analisados.

Sendo assim, podemos entender que

a finalidade da avaliação não é a de descrever, justificar, explicar o que o aluno “alcançou” em termos de aprendizagem, mas a de desafiá-los todo tempo a ir adiante, a avançar, confiando em suas possibilidades e oferecendo-lhes, sobretudo, o apoio pedagógico adequado a cada um. (HOFFMAMN, 2008, p. 103)

          Cansado(a)?

          Calma... faltam só dois tipos de avalição!

Já estamos terminando!

 

AVALIAÇÃO SOMATIVA

A avaliação somativa, em oposição direta à diagnóstica, deve acontecer no final do processo de ensino-aprendizagem. Sua principal função é simplificar tudo o que o aluno realmente aprendeu com auxílio de notas.

Esse tipo de avalição classifica os estudantes ao final de um ciclo, seja ele um projeto, um bimestre, um semestre ou um ano escolar, conforme os níveis de aproveitamento observados. Seu foco é no resultado, que pode se resumir em aprovado ou reprovado, já que mede a aprendizagem com números de acertos.

O resultado final deve refletir todo o empenho do estudante ao longo de todo o processo de aprendizagem. Portanto, teremos mais possibilidades de que a nota final seja mais verossímil possível, levando em conta os altos e baixos de todo o percurso percorrido.

Ao avaliar sob o viés somativo, deve-se ter a preocupação de utilizá-la somente com vistas a tomar decisões acerca da aprovação e/ou da reprovação dos estudantes. Sua utilização deve estar atrelada às outras, ou seja, o professor não deve utilizar somente esse método para avaliar, garantindo, assim, a eficácia do processo de aprendizagem do aluno.

Por meio desse modelo de avaliação, os alunos recebem o chamado feedback, que objetiva informar qual nível de aprendizagem foi atingido, com o uso de atribuição direta de notas.

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AUTOAVALIAÇÃO

Uma habilidade importante a ser desenvolvida é a autoavaliação. Todos devemos saber como se autoavaliar. Essa é uma atividade que necessita de direcionamento, ou seja, deve ser ensinada aos estudantes. Nessa hora, o professor desempenha um papel importantíssimo nesse processo, já que possui a função de auxiliador e guiará o aluno na tomada de consciência sobre a sua trajetória de aprendizagem e, ao mesmo tempo, o ajudará a se responsabilizar pela tarefa de sempre avançar.

Esse tipo de avaliação promove a reflexão e possibilita ao aluno perceber as suas próprias falhas. Ele pode perceber, também, se a forma que ele estudou gerou resultados positivos ou não.

O professor pode propor algumas perguntas e os alunos responderão com base nas suas ações e atitudes. Nessa hora, ambos podem perceber quais são as suas dificuldades e rever as suas estratégias de estudo/ensino. Essa tomada de consciência de posterior ajuste pode ser chamada de AUTORREGULAÇÃO, que auxilia o aluno e o professor, já que a partir desses resultados pode planejar as intervenções em sala.

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O professor deve ter em mente que a mudança só virá com o tempo e não criar expectativas a curto prazo. Cabe a ele estimular e relembrar seus alunos da manutenção da postura assumida no momento da autoavaliação. Por isso, é aconselhável inserir vários momentos de auto avalição ao longo do ano letivo, para que os estudantes possam sempre refletir sobre sua atuação no processo de ensino-aprendizagem.

Importante destacar que o professor deve ter cuidado ao elaborar as questões que nortearão a autoavaliação, não devendo inserir uma lista enorme de perguntas. Uma dica importante é selecionar um aspecto a ser avaliado por vez, para não transformar esse momento de reflexão em uma atividade exaustiva e feita de qualquer maneira. Os aspectos podem estar relacionados ao modo de ensinar/aprender, ao conteúdo, à convivência em sala de aula, à relação professor-aluno entre outras possibilidades.

Reflexões e debates mais delimitados auxiliam o estudante a perceber as dificuldades e saná-las. É necessário, ainda, estar atento ao modo de guiar a autorreflexão a fim de não cair em equívocos ou informações mal interpretadas.

A seguir, listamos cinco problemas comuns durante o processo de autoavaliação.

  • Fazer perguntas abertas ou sem comando claro, possibilitando as mais variadas interpretações.
  • Possibilitar ao aluno a oportunidade de dar a si próprio uma determinada nota, pois isso vai de encontro ao que estabelece a autoavaliação: a reflexão.
  • Apresentar resultados genéricos sem transparecer para o aluno que sua autoavaliação foi lida pelo professor.
  • Deixar somente os momentos finais dos ciclos de aprendizagem para a realização da autoavaliação.


E aí?

Mais preparado para encarar mais esse desafio?

Esperamos que sim! Aprofunde seus estudos com os exercícios que seguem. Abraços e até o próximo curso.

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